O tratamento não serve para
qualquer paciente. Um estudo anterior precisa ser feito para saber quem pode
passar pelo ultrassom.
O Instituto do Câncer do
Estado de São Paulo (Icesp) inaugurou no dia 14 de abril um serviço de
ultrassom – ondas sonoras de alta frequência que o ouvido humano é incapaz de
escutar –, para destruir células cancerígenas, sem a necessidade de cirurgia e
anestesia.
Apesar do efeito do
ultrassom em tumores já ser conhecido, o novo equipamento consegue focar até
mil feixes em um único ponto, com a ajuda de um aparelho de ressonância
magnética. Com o calor, as células cancerígenas são queimadas, sem que o aumento
de temperatura afete os tecidos saudáveis vizinhos.
O tratamento não serve para
qualquer paciente. Um estudo anterior precisa ser feito para saber quem pode
passar pelo ultrassom. A técnica dispensa o uso de anestésicos. No caso do uso
da terapia contra miomas, as pacientes deitam, de bruços, em uma esteira usada
comumente em exames de ressonância magnética. O aparelho de ultrassom fica logo
abaixo da cintura. A grande vantagem é que as áreas ao redor do tumor não são
afetadas, a técnica é muito precisa só ataca onde é necessário.
O diagnóstico por imagem
permite conhecer as áreas onde estão os miomas. Após definir os pontos que
serão destruídos pelo calor, os médicos começam a disparar as ondas sonoras em
pequenos pontos dos tumores. Cada pulso demora apenas alguns segundos. Vários
são necessários para queimar uma área inteira. Toda a operação pode levar até,
no máximo, duas horas.
Único na América Latina, o
aparelho é de tecnologia israelense e custou R$ 1,5 milhão. O Icesp já
solicitou protocolos de pesquisa para testar a eficiência da técnica em
metástases (câncer que se espalharam pelo corpo) ósseas.
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