segunda-feira, 3 de junho de 2013

TUMOR DESMÓIDE  

O tumor desmoide ou fibromatose agressiva é uma doença caracterizada pela proliferação de fibroblastos, que são células do tecido conjuntivo ainda de etiologia não esclarecida. Existem vários tumores do tecido conjuntivo e eles podem ser benignos ou malignos. Os malignos são chamados de sarcomas e acometem gordura, músculos, etc.


O tumor desmoide é um tumor que, do ponto de vista anatomopatológico, é benigno. Porém, tem uma característica peculiar, que é de ser agressivo localmente; ou seja, ele invade os órgãos ou tecidos vizinhos. Usualmente ele não dá metástases, mas pelo fato de ser agressivo localmente, ao longo do tempo, pode trazer uma série de problemas ao paciente.



Este tumor foi descrito inicialmente na parede abdominal de mulheres após a gravidez, mas hoje pode acometer qualquer parte do nosso corpo. Frequentemente ele é visto em membros superiores, inferiores, parede abdominal e retroperitônio.



Esta ainda é uma doença enigmática, de comportamento incerto e de resultados imprevisíveis com o tratamento.


DIAGNÓSTICO
Boa conversa com o paciente, exames [físicos] (muitas vezes o tumor é palpável), exame de imagem (tomografia e/ou ressonância magnética) e, finalmente, biópsia com análise anatomopatológica leva ao diagnóstico definitivo.
TRATAMENTO
As principais formas de tratamento são: cirurgia, radioterapia, inibidor hormonal, antiinflamtórios não-hormonais e até mesmo quimioterapia.
O primeiro passo antes de se tratar esse tumor é fazer o seu perfil biológico; ou seja, fazer um estudo de imunoistoquímica para ver a expressão de estrógeno receptor de progesterona do gene cKIT e também de beta-catenina.

Dependendo desse resultado, alguns medicamentos podem ser usados com bom resultado. A cirurgia, que no passado foi largamente usada, hoje ainda tem um papel importante, mas precisa ser usada criteriosamente.
O primeiro passo antes de operar o paciente com fribromatose é definir se a doença é de localização favorável ou desfavorável. A localização favorável é aquela em que o tumor pode ser removido com uma ampla margem de ressecção; ou seja, retirando-se no mínimo 2 a 3 cm de tecido bom em torno do tumor. Isto é importante porque recentemente demonstrou-se que todas as vezes que resseca-se o tumor sem margem (muito próximo a ele), a cirurgia estimula o crescimento do tumor, ou seja, sua recidiva.
Infelizmente uma boa parte desses tumores são de localização desfavorável. Assim sendo, nem sempre a cirurgia é a melhor forma de tratamento. Daí a importância do perfil biológico e de se estudar as outras modalidades terapêuticas.
Trabalhos recentes têm mostrado boas respostas à radioterapia com taxas de sucesso de até 50%. Nesses casos, é importante saber que o resultado da radioterapia não deve ser avaliado logo após o tratamento, e sim de 3 a 6 meses após o término desta.
FATORES DE RISCO
O tumor desmoide é uma doença que frequentemente está associada à polipose adenomatosa familiar, que é uma doença genética, caracterizada por vários pólipos no intestino e que geralmente resulta em câncer do intestino grosso.
Assim sendo, os portadores de tumor desmoide, devem ser submetidos a colonoscopia, principalmente naqueles casos onde a doença está localizada no retroperitônio.



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